Resumo: A política é considerada um meio de organização social que lida com as adversidades da vida coletiva, compondo-se como uma estratégia necessária para o direcionamento das condutas no âmbito individual, gerindo de forma significativa o Estado. Existindo diversos modelos que são influenciados por certos fatores, entre eles a cultura, a história, a economia, entre outros. Entre suas possibilidades, apresenta-se a monarquia que foi difundida em determinadas épocas e contextos. Entre os grandes defensores desse modelo, encontra-se Hobbes afirmando que esta estratégia administrativa é a única que deve ser legitimada, pois consegue lidar com a natureza e a liberdade total do período pré-civilizatório, tendo força concentrada nas mãos de um soberano. Entretanto, a obra hobbesiana pode ser vista por meio diversos panoramas, não se limitando, necessariamente a um domínio em sua estrutura, relacionando-se com outras temáticas. A partir disso, esse trabalho apresenta como objetivo principal analisar o papel do rei e da própria monarquia absolutista em Hobbes através da ótica psicanalítica, oriunda dos postulados freudianos, possibilitando a investigação dessa teoria ao abrigo de um novo horizonte. Visando compreender como os elementos do contratualismo podem ser interpretados por intermédio das ideias elaboradas por Freud. Portanto, apesar das diferenças teóricas e metodológicas de ambos os autores, em razão da visão psicanalítica, objetiva-se a análise das ideias de Hobbes, revelando aspectos do papel do soberano como um Estado indissociável. Além de relacionar dadas questões com a gênese civilizatória que engloba os sujeitos em sociedade diante das proibições e ideais normativos.
Palavras-chave: Hobbes. Psicanálise. Rei. Estado. Civilização.